O Dr. Álvaro Vitor , membro da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica e fundador da Clínica San Vitor fala quais são os limites deste tipo de Cirurgia.
(Diário da Manhã)- Como não se tornar um escravo da indústria da beleza e do espelho? Por que a humanidade está ligada de forma tão exacerbada ao físico? Estas e outras banalizações da cirurgia plástica começam a ser tema de discussão entre profissionais sérios e éticos. Isso porque a cada dia, chega aos consultórios um número cada vez maior de pessoas insatisfeitas com o próprio corpo e que querem transformá-lo sem nem ao menos conhecer seus limites. Muitas vezes é necessário que o especialista contrarie seu paciente e precise dizer não.
Em particular, tenho refletido com muita preocupação sobre a utilização das próteses mamárias exageradas. Em Goiânia, em meados de 1996, a média das próteses de silicone para os seios era de 155 ml. Enquanto Minas Gerais apontava para 135 ml. Hoje, a procura por próteses superiores a 280 ml é muito grande. Tanto que o mercado já oferece opções de 400 ml. Onde vamos parar nesta busca excessiva pela beleza? Afinal, o biotipo da mulher brasileira é bem diferente da americana, cujos seios avantajados são tão apreciados naquele país. Próteses exageradas não ficam esteticamente harmônicas na mulher brasileira.
Além disso, as complicações futuras indicam uma maior probabilidade no surgimento de estrias, flacidez, rejeição da prótese mamária e até dores lombares oriundas do peso excessivo das mamas. Outra preocupação é a diminuição da idade de pacientes procurando algum tipo de cirurgia plástica. Adolescentes com o corpo ainda em formação já buscam a cirurgia plástica e querem a todo custo passar por procedimentos cirúrgicos.
Atualmente, a cirurgia plástica almeja resultados naturais, de grande impacto estético, mas longe de se artificializar os atributos corporais. A área médica trabalha hoje, considerando necessidades específicas que valorizem pontos fortes, suavize traços indesejáveis e disfarce imperfeições. Devemos rejeitar as remodelagens faciais, que valorizam a juventude a todo preço, impõem traços fortes, criam rostos estigmatizados, sorrisos limitados e expressões faciais congeladas. Hoje, a cirurgia plástica é vista muito além de uma necessidade.
Muitas vezes, trata-se da única opção para se resgatar a auto-estima. A medicina, por sua vez, oferece com segurança novos recursos para que os procedimentos estéticos sejam realizados com resultados cada vez melhores. Culturalmente, as pessoas descobriram que podem e devem se cuidar cada dia mais cedo, mas na cirurgia plástica há uma idade mínima para estética.
Que imagem esta nova vertente da cirurgia plástica deseja passar? Muito além de oferecer qualidade estética, resultados otimizados e segurança aos seus pacientes, há um constante desafio de proporcionar tratamentos que obedeçam a limites. A cirurgia plástica deve trabalhar em favor da estética, mas sem estigmatizar ou artificializar o corpo humano.
de Cirurgia Plástica e fundador da Clínica San Vitor fala quais são os limites deste tipo de Cirurgia.
(Diário da Manhã)- Como não se tornar um escravo da indústria da beleza e do espelho? Por que a humanidade está ligada de forma tão exacerbada ao físico? Estas e outras banalizações da cirurgia plástica começam a ser tema de discussão entre profissionais sérios e éticos. Isso porque a cada dia, chega aos consultórios um número cada vez maior de pessoas insatisfeitas com o próprio corpo e que querem transformá-lo sem nem ao menos conhecer seus limites. Muitas vezes é necessário que o especialista contrarie seu paciente e precise dizer não.
Em particular, tenho refletido com muita preocupação sobre a utilização das próteses mamárias exageradas. Em Goiânia, em meados de 1996, a média das próteses de silicone para os seios era de 155 ml. Enquanto Minas Gerais apontava para 135 ml. Hoje, a procura por próteses superiores a 280 ml é muito grande. Tanto que o mercado já oferece opções de 400 ml. Onde vamos parar nesta busca excessiva pela beleza? Afinal, o biotipo da mulher brasileira é bem diferente da americana, cujos seios avantajados são tão apreciados naquele país. Próteses exageradas não ficam esteticamente harmônicas na mulher brasileira.
Além disso, as complicações futuras indicam uma maior probabilidade no surgimento de estrias, flacidez, rejeição da prótese mamária e até dores lombares oriundas do peso excessivo das mamas. Outra preocupação é a diminuição da idade de pacientes procurando algum tipo de cirurgia plástica. Adolescentes com o corpo ainda em formação já buscam a cirurgia plástica e querem a todo custo passar por procedimentos cirúrgicos.
Atualmente, a cirurgia plástica almeja resultados naturais, de grande impacto estético, mas longe de se artificializar os atributos corporais. A área médica trabalha hoje, considerando necessidades específicas que valorizem pontos fortes, suavize traços indesejáveis e disfarce imperfeições. Devemos rejeitar as remodelagens faciais, que valorizam a juventude a todo preço, impõem traços fortes, criam rostos estigmatizados, sorrisos limitados e expressões faciais congeladas. Hoje, a cirurgia plástica é vista muito além de uma necessidade.
Muitas vezes, trata-se da única opção para se resgatar a auto-estima. A medicina, por sua vez, oferece com segurança novos recursos para que os procedimentos estéticos sejam realizados com resultados cada vez melhores. Culturalmente, as pessoas descobriram que podem e devem se cuidar cada dia mais cedo, mas na cirurgia plástica há uma idade mínima para estética.
Que imagem esta nova vertente da cirurgia plástica deseja passar? Muito além de oferecer qualidade estética, resultados otimizados e segurança aos seus pacientes, há um constante desafio de proporcionar tratamentos que obedeçam a limites. A cirurgia plástica deve trabalhar em favor da estética, mas sem estigmatizar ou artificializar o corpo humano.
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