(SEGS) A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou uma campanha para tornar as cirurgias mais seguras. Batizada de As cirurgias seguras salvam vidas, a iniciativa é fruto de uma parceria da Escola de Saúde Pública de Harvard com mais de 200 sociedades médicas internacionais e ministérios da Saúde. A lista de normas para a comprovação da segurança da cirurgia foi elaborada sob coordenação do cirurgião Atul Gawande, professor da universidade americana.
O checklist da OMS identifica três etapas do processo operatório, cada uma delas relacionada a um grupo de tarefas normais da cirurgia: o momento anterior à administração da anestesia, o momento anterior à incisão e o momento anterior à saída do paciente do centro cirúrgico. Em cada uma destas etapas, um coordenador deve conferir se todos os itens da lista foram cumpridos antes de se passar à etapa seguinte. Entre os exemplos da primeira etapa estão checar o ponto exato da incisão e repassar as alergias conhecidas do paciente. Na terceira etapa, a lista prevê a contagem de instrumentos, gazes e agulhas.
Estudos já demonstraram que, nos países industrializados, de 3% a 16% das cirurgias têm complicações graves e as taxas de invalidez permanente e óbito oscilam entre 0,4% e 0,8%. Nos países em desenvolvimento, as complicações ocorrem em 5% a 10% das operações. Na África subsaariana, só a anestesia geral é responsável pela morte de uma em cada 150 pessoas operadas. Infecções e outras complicações pós-operatórias também preocupam e, de acordo com a OMS, metade delas poderia ser evitada.
Clínica ou hospital?
“Quando falamos em segurança na realização de uma cirurgia, o fundamental é que todo o paciente, seja de cirurgia estética ou não, tenha consciência de que só se deve submeter a um procedimento operatório, por mais simples que seja, quando houver a perfeita compreensão da relação risco-benefício”, defende o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.
Outra dúvida muito comum em relação à cirurgia plástica é se o melhor é fazer o procedimento numa clínica ou num hospital. Na verdade, “o local onde o cirurgião plástico decide fazer a cirurgia depende do tipo de procedimento a ser realizado e do estado de saúde do paciente”, explica o médico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
“Costumo atender pacientes que preferem ser operados em clínicas, pois pelo tamanho e índice de pacientes que os hospitais recebem, eles consideram o ambiente mais propício a oferecer riscos virais e bacterianos, que podem evoluir e facilitar uma infecção. O pensamento destas pessoas é o de que quanto menor o ambiente, mais fácil é o controle sobre as infecções”, diz o cirurgião plástico Ruben Penteado.
Do ponto de vista da legislação, imposta pelo Ministério da Saúde e fiscalizado pelos Conselhos de Medicina e pela Vigilância Sanitária, tanto as clínicas de cirurgia, quanto os hospitais estão habilitados para executar o procedimento operatório e também para prestar o pronto-atendimento de urgência no caso de complicações.
A Resolução CFM N°1.886/2008 dispõe sobre as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência. A íntegra do documento pode ser lida em: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2008/1886_2008.htm
O médico explica que nenhuma clínica ou hospital é obrigado a manter uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas o Ministério da Saúde requer das empresas que atuam nesse ramo pelo menos um pacto com prestações de serviços de pronto-atendimento de urgência para casos de complicações. “A obrigação é oferecer o pronto-atendimento, não importa se próprio ou de terceiros. Quando a clínica ou hospital não dispõe de UTIs, há os contratos com empresas que prestam o serviço de apoio móvel”, explica Ruben Penteado.
Embora não se possa descartar a contribuição das UTIs para casos de emergências, é bom lembrar também que o livre arbítrio do paciente na hora de escolher onde quer ser operado deve ser respeitado. “O médico tem também o dever de ser ético e explicar ao paciente todos os riscos e os instrumentos de que ele dispõe para contorná-los. Nessa hora, fidelidade é essencial na relação médico-paciente”, diz Penteado.
A seguir, o cirurgião Ruben Penteado enumera outras medidas que podem proporcionar mais segurança à realização da cirurgia plástica:
1)Procurar um médico com título de especialista em cirurgia plástica, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O sucesso da cirurgia plástica envolve a escolha de um profissional gabaritado pelo paciente. Segundo dados do Cremesp, cerca de 97% dos médicos que respondem a processos éticos-profissionais relacionados a cirurgias plásticas e procedimentos estéticos não possuem título de especialista na área;
2) Não acreditar em falsa publicidade médica. Esta prática abrange a exposição de pacientes (mostrando o “antes” e o “depois”), a divulgação de técnicas não reconhecidas, de procedimentos sem comprovação científica e a mercantilização do ato médico (anúncios em quiosques de shoppings, promoções onde o “prêmio” é uma cirurgia plástica, consórcios e crediários para realização de cirurgias plásticas);
3) Certificar-se que o local escolhido para a cirurgia, seja ele uma clínica ou um hospital, cumpre todas as exigências legais para funcionamento e conta com o apoio de um centro de atendimento para emergências.
O checklist da OMS identifica três etapas do processo operatório, cada uma delas relacionada a um grupo de tarefas normais da cirurgia: o momento anterior à administração da anestesia, o momento anterior à incisão e o momento anterior à saída do paciente do centro cirúrgico. Em cada uma destas etapas, um coordenador deve conferir se todos os itens da lista foram cumpridos antes de se passar à etapa seguinte. Entre os exemplos da primeira etapa estão checar o ponto exato da incisão e repassar as alergias conhecidas do paciente. Na terceira etapa, a lista prevê a contagem de instrumentos, gazes e agulhas.
Estudos já demonstraram que, nos países industrializados, de 3% a 16% das cirurgias têm complicações graves e as taxas de invalidez permanente e óbito oscilam entre 0,4% e 0,8%. Nos países em desenvolvimento, as complicações ocorrem em 5% a 10% das operações. Na África subsaariana, só a anestesia geral é responsável pela morte de uma em cada 150 pessoas operadas. Infecções e outras complicações pós-operatórias também preocupam e, de acordo com a OMS, metade delas poderia ser evitada.
Clínica ou hospital?
“Quando falamos em segurança na realização de uma cirurgia, o fundamental é que todo o paciente, seja de cirurgia estética ou não, tenha consciência de que só se deve submeter a um procedimento operatório, por mais simples que seja, quando houver a perfeita compreensão da relação risco-benefício”, defende o cirurgião plástico Ruben Penteado, diretor do Centro de Medicina Integrada.
Outra dúvida muito comum em relação à cirurgia plástica é se o melhor é fazer o procedimento numa clínica ou num hospital. Na verdade, “o local onde o cirurgião plástico decide fazer a cirurgia depende do tipo de procedimento a ser realizado e do estado de saúde do paciente”, explica o médico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
“Costumo atender pacientes que preferem ser operados em clínicas, pois pelo tamanho e índice de pacientes que os hospitais recebem, eles consideram o ambiente mais propício a oferecer riscos virais e bacterianos, que podem evoluir e facilitar uma infecção. O pensamento destas pessoas é o de que quanto menor o ambiente, mais fácil é o controle sobre as infecções”, diz o cirurgião plástico Ruben Penteado.
Do ponto de vista da legislação, imposta pelo Ministério da Saúde e fiscalizado pelos Conselhos de Medicina e pela Vigilância Sanitária, tanto as clínicas de cirurgia, quanto os hospitais estão habilitados para executar o procedimento operatório e também para prestar o pronto-atendimento de urgência no caso de complicações.
A Resolução CFM N°1.886/2008 dispõe sobre as normas mínimas para o funcionamento de consultórios médicos e dos complexos cirúrgicos para procedimentos com internação de curta permanência. A íntegra do documento pode ser lida em: http://www.portalmedico.org.br/resolucoes/cfm/2008/1886_2008.htm
O médico explica que nenhuma clínica ou hospital é obrigado a manter uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), mas o Ministério da Saúde requer das empresas que atuam nesse ramo pelo menos um pacto com prestações de serviços de pronto-atendimento de urgência para casos de complicações. “A obrigação é oferecer o pronto-atendimento, não importa se próprio ou de terceiros. Quando a clínica ou hospital não dispõe de UTIs, há os contratos com empresas que prestam o serviço de apoio móvel”, explica Ruben Penteado.
Embora não se possa descartar a contribuição das UTIs para casos de emergências, é bom lembrar também que o livre arbítrio do paciente na hora de escolher onde quer ser operado deve ser respeitado. “O médico tem também o dever de ser ético e explicar ao paciente todos os riscos e os instrumentos de que ele dispõe para contorná-los. Nessa hora, fidelidade é essencial na relação médico-paciente”, diz Penteado.
A seguir, o cirurgião Ruben Penteado enumera outras medidas que podem proporcionar mais segurança à realização da cirurgia plástica:
1)Procurar um médico com título de especialista em cirurgia plástica, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. O sucesso da cirurgia plástica envolve a escolha de um profissional gabaritado pelo paciente. Segundo dados do Cremesp, cerca de 97% dos médicos que respondem a processos éticos-profissionais relacionados a cirurgias plásticas e procedimentos estéticos não possuem título de especialista na área;
2) Não acreditar em falsa publicidade médica. Esta prática abrange a exposição de pacientes (mostrando o “antes” e o “depois”), a divulgação de técnicas não reconhecidas, de procedimentos sem comprovação científica e a mercantilização do ato médico (anúncios em quiosques de shoppings, promoções onde o “prêmio” é uma cirurgia plástica, consórcios e crediários para realização de cirurgias plásticas);
3) Certificar-se que o local escolhido para a cirurgia, seja ele uma clínica ou um hospital, cumpre todas as exigências legais para funcionamento e conta com o apoio de um centro de atendimento para emergências.
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