Estar acima do padrão de beleza nacional não é suficiente para muitos jovens de classe média manter a auto estima elevada. Segundo a reportagem do jornal A Tarde, 10% das cirurgias plásticas feitas, hoje, na Bahia são realizadas em adolescentes que sequer chegaram aos 20 anos. Retirar as gordurinhas, afilar o nariz e dizer adeus às orelhas de abano tem sido o sonho da garotada.
Em todo Brasil o índice de plástica chega a 15% quando a faixa etária oscila entre 14 e 18 anos. Os últimos dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) mostram que na década de 90 esse universo mal chegava aos 5%.
“Há uma mudança de hábito nítida. Os adolescentes expõem seus problemas e querem melhorar a auto-estima”, explica o cirurgião plástico Edvan Leite, após lembrar que três em cada dez pacientes dele têm idade inferior a 20 anos.
No caso de Letícia Diniz, 14 anos, a viagem para Disney seria o presente de 15 anos, mas acabou substituída pela cirurgia no nariz feita há três semanas. Agora, já planeja também um enxerto no queixo.
Tanta preocupação com o físico tem explicação: em dezembro Letícia embarca para São Paulo, onde irá batalhar por uma vaga de modelo. “Pensei em fazer plástica quando estivesse mais velha, mas tive de antecipar por causa desse sonho”, comenta.
Por trás desse investimento é possível ver o apoio da mãe que faz tudo pela única herdeira. “Transferimos para os filhos nosso sonhos e realizações. Se é o que ela quer faço de tudo para ajudar”, diz a mãe, Rosa Oliveira, 38 anos.
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