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Especialista aponta que existe um termômetro para os excessos na cirurgia plástica


(JORNAL O PROGRESSO) O aprimoramento das técnicas de cirurgia plástica é tão patente e a assimilação cultural dos tratamentos estéticos tão rápida que tudo o que parecia complicado, ou tabu, num passado recente, se revela de uma outra maneira hoje. No princípio, plástica era coisa para depois dos 50 anos; antes disso, só mesmo correção de nariz e orelha em casos de extrema necessidade ou uma discreta redução de seios.

Muitos ainda se lembram da época em que fazer uma cirurgia plástica era algo ultra-secreto... E que toda mudança no nariz era para corrigir um "desvio de septo". Atualmente, com exceção do Michael Jackson, ninguém tem vergonha de assumir que deu uma repaginada no visual. As técnicas avançaram, o custo caiu e o número de operações aumenta a cada ano. No Brasil, o crescimento foi de 300% nos últimos nove anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Hoje, para obter uma aparência remoçada, os cirurgiões não se limitam a mexer na superfície do rosto do paciente. Antes, com cortes enormes, feitos de orelha a orelha, eles descolavam a pele, a esticavam e pronto: o serviço estava feito. "Atualmente, além da repuxada tradicional, procuramos trabalhar os músculos da face, remodelando-os de tal forma que recuperem o tônus. Os procedimentos tentam deixar cicatrizes quase imperceptíveis", explica o médico.

EXCESSO
A popularização da cirurgia plástica no Brasil é fruto de um conjunto de fatores que englobam: o aprimoramento das técnicas, a estabilidade econômica proporcionada pelo Real, a maior participação feminina no mercado de trabalho, o aumento da população idosa, dentre muitas outras razões que pudermos enumerar. "Considero um equívoco atribuir o aumento ou o excesso de cirurgias plásticas a um único fator. Inevitavelmente, quanto mais a mulher ou o homem se empenha em rejuvenescer, maior a certeza de que, em dado momento, ele poderá extrapolar seus limites neste processo. Umas pessoas extrapolam mais, outras menos", observa Ruben Penteado.

Saiba mais (progresso.com.br)



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