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A oncoplástica e o câncer de mama


Novas esperanças para as mulheres que enfrentam a dura luta contra o câncer de mama.

Todos os anos o câncer de mama atinge um grande número de mulheres em todo o país, sendo o responsável por cerca de 20% das mortes entre as brasileiras. Estudos recentes comprovam que na última década o aumento de casos vem aumentando, principalmente, nas mulheres mais jovens. Alguns fatores têm contribuído para o aumento da doença, entre eles, a obesidade e o sedentarismo, além do controle de natalidade e da gestação em idade avançada.

Atualmente é recomendado que todas as mulheres a partir dos 35 anos realizem a mamografia anualmente, pois o ultrassom mamário é o melhor exame para diagnosticar precocemente a doença em mulheres mais jovens. Esse exame também é indicado para pacientes que tenham histórico familiar da doença (em até primeiro grau). Nesse caso a prevenção deve começar a partir dos 30 anos. Os exames de rotina e o auto-exame são fortes aliados para a detecção precoce da doença que quanto mais cedo for descoberta acarretará menor sofrimento nos tratamentos e haverá mais chances de cura.



Com os avanços da medicina atual, receber um diagnóstico de câncer de mama não é mais tarefa difícil na vida das mulheres, já que vários recursos e tratamentos têm ajudado a minimizar esse processo. Entre eles, o exame do linfonodo sentinela, que consiste na marcação de um gânglio linfático e retirada do mesmo no início da cirurgia, caso seja diagnosticado que ele não foi atingido pela doença, evita-se a retirada de todos os demais gânglios da axila, o que torna a cirurgia menos agressiva, com recuperação mais rápida e menos complicações pós-operatórias.

O desenvolvimento e aprimoramento da oncoplástica trouxeram novas esperanças para as mulheres que enfrentam a dura luta contra o câncer de mama. O uso de sofisticadas técnicas de cirurgia plástica durante a retirada do tumor minimiza as mutilações e deformidades pós-operatórias e melhora o bem-estar físico e psicológico da paciente após a retirada parcial ou total da mama.

Entre essas técnicas está a reconstrução mamária que ajuda a manter a auto-estima e a imagem corporal da mulher durante este difícil processo. De acordo com a Cirurgiã Plástica, Tatiana Caloi, da Uniplast, a reconstrução da mama deve ser encorajada e oferecida as pacientes durante a avaliação e preparo para cirurgia de retirada do tumor. "O desejo da paciente reconstruir ou não a mama no mesmo momento da mastectomia ou quadranctomia deve se respeitado, já que não há prejuízo para o tratamento do câncer com a reconstrução mamária. Cada caso deve ser avaliado e pacientes com problemas de saúde como diabetes, hipertensão grave, problemas do coração, obesidade e tabagismo devem ter suas mamas reconstruídas em um segundo momento", explica a Dra. Tatiana Caloi. A reconstrução mamária também pode ser feita por pacientes com cânceres avançados, desde que as mesmas estejam em bom estado de saúde e optem pela cirurgia combinada.

Nos casos de mulheres que já fizeram a cirurgia para tirada do tumor, a reconstrução só poderá ser realizada após um ano da cirurgia inicial. "O que deve ser claro, é que a reparação cirúrgica após a retirada de um câncer não muda a história e o prognóstico da doença, mas pode melhorar a qualidade de vida e ajudar na recuperação integral destas mulheres", esclarece a cirurgiã plástica.

Após a mulher fazer a cirurgia para reconstrução da mama chega a hora da reconstrução dos mamilos, que na maioria dos casos é retirado junto com a mama que foi operada. Os mamilos são refeitos com cartilagem da orelha, parte do mamilo da outra mama ou pele da própria mama reconstruída. A escolha depende do tamanho do mamilo contra-lateral e do local da pele que vai ser retirada, o procedimento é feito através de uma pequena cirurgia que dura em média 15 minutos e pode ser realizada no consultório médico ou hospitalar, com anestesia local. Segundo a doutora Tatiana Caloi o ideal é que o procedimento seja feito de três a seis meses após a reconstrução da mama e só após três meses do mamilo refeito é que se poderá iniciar a dermopigmentação da aréola.

A dermopigmentação de aréola utiliza a mesma técnica da tatuagem artística e seu procedimento dura aproximadamente 30 minutos. "Os pigmentos que utilizamos ajudam a reconstruir uma aréola que não existe ou camufla uma cicatriz que tenha ficado após uma mamoplastia ou quadrantectomia", reforça a Dra. Tatiana Caloi. Ainda de acordo com a médica na maioria das vezes é necessário que após alguns meses seja feito um retoque para melhorar a coloração da aréola reconstruída. A dermopigmentação de aréola é a última etapa de uma reconstrução mamária e faz com que os seios fiquem ainda mais parecidos com os naturais. "Eu digo às minhas pacientes que passaram por uma reconstrução de mama que é de fundamental importância a reconstrução do mamilo e a dermopigmentação da aréola para que a mama fique com um aspecto realmente natural. É a cereja do bolo", diz a cirurgiã plástica, Dra. Tatiana Caloi. *Uniplast,Rua Manoel de Carvalho, 142, Aflitos – Recife (PE).

Fonte: Fator Brasil


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